Ato 1: Desejos
Hoje faço 33 anos. Dia 1 de Fevereiro. Nasci agora pouco mesmo, na hora de publicação deste texto, 33 anos atrás. Amo meu aniversário. Amo datas comemorativas. Não só qualquer motivo pra uma festinha é um bom motivo pra uma festinha, mas também sou daqueles que fica todo pensativo nessas datas.
Toda data comemorativa tem seu ritual. São essas marcações no tempo que ligam o indivíduo à sua comunidade. Nos forçam a olhar pra trás, criam um senso compartilhado de identidade. Aniversário talvez seja a mais particular dessas datas.
Enquanto é uma oportunidade para compartilhar minha felicidade com quem eu gosto, conectar meus grupos de amigos e celebrar mais 365 dias rodando com a Terra, aniversários também são momentos de introspecção e autoavaliação. Uma pausa para refletir sobre como cresci até aqui e para onde quero ir. Redefinir minhas rotas.
Para este meu futuro, meus 33 anos, eu desejo pra mim, tudo aquilo que também desejo para você: liberdade para fazer minhas escolhas, paixão para acreditar nelas e resiliência para não as abandonar. Eu sei que será um ótimo ano.
Ato 2: Coincidências
Em 2001, Laura Buxton tinha seus 10 anos e resolveu fazer um experimento, na sua casa, bem no meio da Inglaterra. Pegou um balão da festa que estava rolando, prendeu uma carta que dizia “por favor, devolva a Laura Buxton” com seu endereço e soltou ele pra ver até onde ele ia.
Ele foi longe. Viajou por 225 km e aterrissou no quintal de um homem, que leu o cartão e falou “ué, eu conheço a Laura Buxton”. Ele era vizinho da Laura Buxton. Uma outra Laura Buxton. Uma outra garota de 10 anos com o mesmo nome.
Quando a segunda Laura e sua família entraram em contato com a primeira, as coincidências se tornaram ainda mais doidas. Não só as duas Lauras tinham a mesma idade, mas eram parecidas fisicamente, tinham um labrador preto de três anos, um coelho cinza e até um porquinho da índia.
Eu ouvi essa história num episódio bem antigo do podcast Radiolab. Sobre aleatoriedades, coincidências e destinos. É fácil interpretar uma história dessas como um sinal de conexões predestinadas. A probabilidade era incrivelmente baixa, e ainda assim, aconteceu. A vida tem suas mágicas mesmo. Mas, como Mister M nos ensinou, toda mágica tem sua explicação.
Dentre todas as histórias que rolam em tantas vidas pelo mundo, uma delas envolveria um balão, uma carta e duas meninas com o mesmo nome. É uma surpresa inesperada, uma boa história, mas não se passa disso: uma coincidência. Um futuro que foi escrito depois que os fatos aconteceram para chamarmos de destino.
Ou não. Talvez exista uma magia conectando as coisas.
Ato 3: Previsões
Como alguém que trabalha tem 15 anos com estratégia e inovação, sempre gostei muito de relatórios de tendência. Um bando de pessoas das mais diversas áreas que buscam por padrões na história e conectam movimentos sociais para tentar prever o que será do futuro.
São apostas no que vem por aí. Claro que muitos relatórios de tendências são picaretas e superficiais. Alguns são muito bons em antecipar o futuro em anos. Outros são apenas indicações do que ficar de olho pro próximo ano – como este da VML (antiga JWT), que eu gosto bastante.
Neste começo de ano, eu caí em uma pasta com 95 destes relatórios de tendências, das mais diversas áreas. Criatividade, corporativo, hotelaria, mercado financeiro. Passei janeiro todo lendo estes relatórios e fazendo testes de como aproveitar melhor deles com IA. Ao todo, já colecionei mais de 100.
Fora que os relatórios de tendências da WGSN desse ano, que é uma das maiores e mais respeitadas em prever o futuro, estão cheios de imagens que criei por IA para eles.
Quero, talvez na próxima newsletter, fazer um compilado do que ficar de olho pro resto de 2024.
Ato 4: Destinos
Todos esses desejos, coincidências e previsões nos trazem uma ilusão de controle. Eu, maluquinho que sou, quero mais que isso. Quero sim ter o controle do meu destino. Ou pelo menos, em partes.
Deixando filosofias de lado, essas semanas eu ando o maluquinho das automações. É um trabalho muito grande de conectar pequenos pontos no meu negócio – seja o CR_IA ou meus outros eventos –, mas que depois faz tudo trabalhar por si só.
Aqui um exemplo de uma automação que criei que pega um evento que adicionei ao Notion e já transforma ele em um evento do Google Calendar e adiciona nos meus sites:
O quanto mais as ~máquinas conseguirem trabalhar por mim, melhor. Por isso que pesquiso e falo tanto sobre formas de usarmos a tecnologia para sermos mais produtivos, por que eu acredito muito no potencial de se fazer muito mais por menos. Fazer as máquinas trabalharem ao máximo no meu lugar. (Lembrar de deletar este texto caso as máquinas tomem o controle e queiram se vingar.)
O que tenho feito
Me preparando para passar o Carnaval em BH. Tô animado demais pra conhecer essa cidade e já lotado de dicas. Acho que não vou dormir por uma semana.
Preparando uma nova turma do CR_IA. As inscrições já estão abertas! Só clicar aqui pra se inscrever.
Comemorando meu aniversário com gente que eu amo. Como deve ser.
Automatizando meu negócio. Eu sempre usei o Zapier pra isso, mas agora veio uma conta de mais de 100 dólares (por que usei pra recriar minha área de membros do CR_IA) e resolvi trocar pelo Make, que é muitooo mais barato. Ainda estou apanhando, mas estou aos poucos fazendo toda transição. É algo que deveria falar mais sobre?
Recebendo amigos gringos no Brasil. Adoro apresentar o conceito “cerveja muito gelada com friturinhas”.
Fazendo muita gente começar a usar o Notion. Tem workshop na semana que vem!
Tentando assistir The Curse, uma série que eu tenho que parar a cada 10 minutos de tanta vergonha alheia.
Conversando com três agências diferentes para dar treinamentos de IA para os times delas. É algo que me interessa muito e eu curto demais.
Assistindo aos filmes indicados ao Oscar. Acho que só vi três deles até agora.
Me mantendo animado fazendo crossfit. Em janeiro, eu fui quatro vezes por semana. Vem, monstro!
Explicar a coicidência da história do balão é fácil, quero ver explicar o fato de eu também ter começado crossfit e estar vendo filmes do Oscar... haha Obrigado pela edição!